sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Annihilation Time - Imaginary Mirror



Imaginary mirror,
Showing me things I've never seen,
Taking me places I've never been,
Walking around in a living dream.
Fantastic colors of red an green,
A portal to a new reality.
Comprehension of a different dimension.
My mind is alive.
Annihilate space and time.
My mind is alive.
Annihilate space and time.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Facada - O Joio

Facada - O Joio from RogerCapone on Vimeo.



O tempo dissolve na minha mão
O caminho, a verdade e a vida

Seguir o caminho contrário
Nem sempre é o errado
Ir contra esse conceito
Do estado confortável

É bom estar ali
Saber sempre onde ir
Mas onde está o desafio?
É enganação, o caminho é falir

Fale com propriedade
Não se ligam da verdade
Eles tem medo dessa semente
Pura e simplesmente

O joio
Inimigo do sol
Caminho do pecado

O joio
Harmonia única e profunda
Sem nunca estar atado


Nasum - Wrath



Under submission for a long time
For a thousand years
My soul is starting to rot
My work is done here
I've shed my share of blood, sweat and tears
I'm leaving this melting pot
You come to stop me
To convince me that i can't escape
I'm tired of being your rat
Armouder with reasons, threats and lies
But it is much too late
I'm about to unleash my wrath

I won't accept this life
A victim of your oppression
To be enslaved and sell my soul to the other side
Never be your fucking puppet

I've tasted your fist
And felt your whip burning on my skin
I have dealt with the pain
The more you hit the more you feed
The anger boiling within
Your failure I will sustain
I've been your workhouse
And now it's time for this house to kick your head
I'm pounding my way out
To step aside, get out of my way
If not you'll end up dead
Or at least know what true pain is about

I won't accept this life
A victim of your oppression
To be enslaved and sell my soul to the other side
Never be your puppet on a string

I won't accept this life
And fall into a dark depression
To be a slave, cast in chains, always forced to hide
Buried under bricks of guilt

I have tasted your fist
I have dealt with the pain
Rip my back with your whip
My pain is my gain

I won't accept this life
A victim of your oppression
To be enslaved and sell my soul to the other side
Never be your puppet on a string

I won't accept this life
And fall into a dark depression
To be a slave, cast in chains, always forced to hide
Buried under bricks of guilt

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Bad Brains - Bad Brains (1982)


01. Sailin’ On
02. Don’t Need It
03. Attitude
04. The Regulator
05. Banned In D.C.
06. Jah Calling
07. Supertouch / Shitfit
08. Leaving Babylon
09. Fearless Vampire Killers
10. I
11. Big Take Over
12. Pay To Cum
13. Right Brigade
14. I Luv I Jah
15. Intro


Um dos discos que mudaram a minha idéia sobre criatividade dentro do Hardcore. Vindos anteriormente de uma bande Jazz Fusion, que, ao ouvirem o "Never Mind the Bollocks" do Sex Pistols, piraram no som e se transformaram numa das primeiras bandas de Hardcore dos EUA (alguns atribuem ao The Germs, outros ao Minor Threat, o velho pioneirismo besta), as bases do Bad Brains são no mínimo inusitadas!

Mais inusitado ainda é ficar ouvindo esse disco cheio de pérolas da música rápida dos anos 80 e de repente começa um Reggae Roots marofadíssimo! Algo que sempre surpreende quem ouve pela primeira vez e está desavisado que os negões punk também eram adeptos da religião rastafari e faziam todos os revoltados dos antros musicais subversivos, como o CBGB, dançarem ao som do ritmo caribenho e fazerem a babilônia cair um pouco mais.

Essa idéia de não se limitar musicalmente seguiu a banda por toda a sua carreira, aonde mais tarde passaram fazer uma mistura de heavy metal com música funk, aonde muitos dizem também terem sido os primeiros, o que faz do Bad Brains uma banda muito importante na história da música contracultural de uma forma geral, levantando sempre a bandeira da união de estilos musicais, quebrando barreiras e preconceitos aonde suas músicas são executadas!

Presenteio vocês com duas pérolas dessa banda, nus videozinhos postados no youtube, esse maravilhoso canal aonde podemos encontrar TUDO que quisermos (ou praticamente tudo) aonde os caras tocam "Banned in DC e How Long a Punk can Get" no ano de lançamento desse disco que posto aqui, e outro vídeo da primeira passagem da banda pela América Latina, que também passou por recife, aonde eles tocaram no Festival Abril pro Rock. Infelizmente o vocalista original, o malucão do HR, não estava se dando bem com o restante da banda, quem deu os berros foi Israel Joseph I, que gravou os vocais no disco "Rise". Para mim que estava lá curtindo o show de perto, não fez diferença nenhuma! O show foi estigado do começo ao fim e o cara mandou muito bem.

O vídeo do show em recife foi todo filmado pelo Canibal, vocalista da banda Devotos, que ao meu ver é a banda mais influenciada pelo Bad Brains aqui no Brasil. Na grande maioria dos shows do Devotos que ouvi falar que teve e nos dois shows que tive o prazer de pogar muito (no querido e finado galpão 14 e outro no ponto de cem réis) ele estava com sua camisa do Bad Brains. Cliquem nessa belezura de momento histórico da música bixo-grilense em geral!


em recife:

Lock Up – Necropolis Transparent (2011)



01. Brethren of the Pentagram (1:36)
02. Accelerated Mutation (2:47)
03. The Embodiment of Paradox and Chaos (1:52)
04. Necropolis Transparent (1:58)
05. Parasite Drama (3:01)
06. Anvil of Flesh (2:26)
07. Rage Incarnate Reborn (3:11)
08. Unseen Enemy (2:21)
09. Stygian Reverberations (2:13)
10. Life of Devastation (2:30)
11. Roar of a Thousand Throats (2:10)
12. Infiltrate and Destroy (2:39)
13. Discharge the Fear (3:36)
14. Vomiting Evil (2:36)
15. Stigmatyr (Bonus Track) (1:52)
16. Through the Eyes of My Shadow Self (2:28)
17. Tartarus (Instrumental) (3:19)



Novo disco dessa banda de Death Grind muito extrema, intensa. A banda da mais uma aula de Grindcore com seu time "estrelas" da música extrema: Tomas Lindberg no Vocal (tocou no At The Gates, Disfear), Shane Embury no Baixo (Napalm Death, Brujeria, Venomous Concept, etc), Nicholas Barker na batera (Dimmu Borgir, Cradle of Filth, Exodus, etc), Anton Reisenegger tocando guitarra (Pentagram, Criminal e Inner Sanctum) ou seja, em se tratando de qualidade de execução dos instrumentos, é pura maestria grindcoreana porra-louquice dos inferno!

Como não podia deixar de ser, produção de primeira! Infelizmente não pude ler as letras desse disco ainda, mas imagino que continuam bem pensadas, como são as dos outros discos da banda. Apesar de recente, a banda excursiona pelo mundo inteiro desde o primeiro lançamento, justamente por conta de todos os maluquetes da HORDA serem conhecidos no meio anti-musical extremo, pelo seus outros discos em diveeeeeersas outras bandas, fica fácil demais pra circular pelo mundo. Até mesmo aonde as pessoas combatem a "fama", ela acaba estando presente, só em outro contexto.

Enfim...baixem e ouçam essa desgraceira musical!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Dalva Suada - EP (2011)


Novo EP do Dalva Suada, seu segundo lançamento. Esse veio pra consolidar a veia rock de deserto da banda, com bastante experimentalismo roqueiro, guitarras intensas, linhas de baixo inusitadas sem serem forçadas, passeando por diversos ritmos distorcidos, gerando momentos psicoativantes maravilhosos, que indico pra qualquer um que goste de música rock de uma forma geral e não tem frescura de ouvir novos tipos de som. Sim, ainda da pra fazer coisa nova dentro da cozinha básica da música, sem muita firula e mesmo assim ser genial.

Quem fez essa arte louca, viajando no cérebro de um amante de todas as Dalvas que adoram ficar suadinhas foi o Thiago Trapo, que também mandou sua arte no EP do Ubella Preta, o cara manda bem demais, no arquivo tem todo o encarte pra vocês se deliciarem com tantas camadas de arte. Aproveitem bem!

Dalva Suada é:

Daniel Jesi - Baixo
Marcelo Pirazz - Vocal
Felipe Augusto - Guitarra
Nildo Gonzales - Bateria

Myspace:

TNB:

Twitter:
@dalvasuada

Tracklist:

1 Amarelo
2 Cabritado
3 Inseto Castanho
4 Boca Seca

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Facão 3 Listras - Demo


01. intro
02. circus
03. vingança
04. a iconoclastia a serviço do bairro
05. garoto propaganda
06. macaco velho não mete mão em cumbuca
07. boicotando na fome do sertão nordestino
08. estarei de pé
09. paz a gente que faz
10. prece
11. metáforas
12. os fabulosos cães amestrados da brigada militar
13. dos fanzines de papel para os fotolog, foi um grande avanço tecnológico!
14. coprofilia do capitalismo
15. do livro do henry miller ao disco da banda do henry rollins
16. abegeatarios


Uma banda com esse tipo de nome só não pode ser muito romântico. Um arquivo muito inusitado que baixei no finado Fórum Suicídio Social, antigo MP3 Punk Hardcore (que antes era apenas uma comunidade no orkut), com poucas informações relacionadas a banda, apenas descrevia o som como sendo uma mistura de Grindcore com SANFONA. Baixei na hora. Confesso que gosto muito de sons bizarros assim, ainda mais sendo do Brasil, não tinha como deixar passar esse disco.

Vocal muito anti-musical mesmo, incompreensível sem as letras, mas com um instrumental muito bem executado por essa cambada tronxa do Rio Grande do Sul, mais específicamente de São Antônio da Patrulha, que faziam parte de uma banda de Hardcore Oitentista que alcançou um certo renome nacionalmente, a Ornitorrincos. Pergunta pra qualquer ouvinte constante de Hardcore Brazuca, sem dúvida ja ouviu falar.

Impossível não associar o lado comédia ao som da banda. E eles fazem questão de destacar isso em seu Myspace, com um texto muito engraçado sobre como surgiu a banda e como eles se definem musical e ideologicamente.

Para ouvir antes de baixar:

Integrantes:
Tchakera - Guitarra
Gabriel - Bateria
Daniel - Voz
Insekto - Voz
Renatero Gaitinho - Acordeão
Feliphe - Baixo

Infelizmente não achei vídeos da banda se apresentando ao vivo.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Atlas Losing Grip - State of Unrest (2011)

01. Logic
02. Bitter blood
03. All in a days work
04. Unrest
05. Different hearts, different minds
06. Numb
07. Contemplation
08. Feed the fire
09. Closer to the end
10. Hook, line and sinker
11 Black hole
12. Voracious appetite
13. Heartsease



Ainda bem que o Rodrigo, vocalista da extinta Satanic Surfers, não parou de produzir música, pois o hardcore iria perder um dos seus compositores mais criativos, além de uma grande voz.

O ano de 2011 ja presenteia os apreciadores de Hardcore melódico, incluindo todos os ouvintos do Satanic Surfers, que deixou uma legião de fãs, inclusive aqui no Brasil. A banda passou por aqui pouco antes de encerrar suas atividades, uma pena ter perdido o show que teve em Sergipe, tão perto daqui de João Pessoa mas fiquei naquela de "próxima vez eu vou". Me fudi.

Bem, não tem muito o que falar desse disco. Hardcore melódico de qualidade, boas letras (que não deixaram de abordar questões políticas, como fazia no Satanic Surfers, como também temas mais pessoais), variando entre algumas baladas, a mescla de melodia e peso ficou muito boa, até a distorção que o guitarrista usa é meio diferente, é pesada mas também dava pra uma banda de som mais leve usar, ao menos tive essa impressão ao ouvir.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Pentagram - Last Rites (2011)







DOWNLOAD












01. Treat Me Right 02:32
02. Call the Man 03:49
03. Into the Ground 04:21
04. 8 05:01
05. Everything's Turning to Night 03:18
06. Windmills and Chimes 04:32
07. American Dream 04:32
08. Walk in the Blue Light 04:59
09. Horseman 03:38
10. Death in 1st Person 04:01
11. Nothing Left 03:36
12. All Your Sins (Reprise) 00:57

O Pentagram começou a fazer seu hoje denominado Doom Metal nos anos 70, que na época devia ser classificado como Rock mesmo, como o próprio Black Sabbath gostava de ser chamado e até hoje Iommi e sua galera da nota proibida não gostam do rótulo de criadores do Metal, dizem que a intenção era fazer música de filme de terror, e é mais ou menos nessa intenção que o Pentagram faz o seu som, vindo da mesma época e contextos parecidos, a diferença é que o Pentagram continua underground, tocando em pequenos bares, nunca alcançaram um reconhecimento tão grande quanto o Black Sabbath teve.

Som direto, simples, roqueiro, com letras sobre tristeza, desilusão amorosa, recentimentos, momentos ruins da vida, acontecimentos pessoais dos integrantes, etc. A ambientação que esses caras conseguem criar é incrível, fazem uma ótima trilha para momentos introspectivos.

Se quiser saber mais sobre a banda, só bisbilhotar aqui:
http://www.metal-archives.com/bands/Pentagram

NMA!

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Luta Armada - Raw Punk 4 Life (2011)








DOWNLOAD











01 - RawPunk 4 Life!
02 - Forced Self-Destruction
03 - Freedom has no Price
04 - Pogo Punx
05 - Never Trust a Fucken Punk
06 - Suburbio
07 - Still Punx, Still Poor
08 - I say no
09 - Keeping the Flames Burning
10 - Dust and Ruins
11 - Blood and Concrete

Muita gente achava que essa banda tinha acabado, mas de repente eles gritam para todos que ainda levantam a bandeira do Punk no Brasil, lançando o disco que posto aqui. Produção muito boa do disco, segundo a banda toda feita no DIY, não tenho informações mais precisas se foram eles mesmos que gravaram e mixaram mas é fato que o resultado ficou de primeira!

Não sei qual a diferença entre Hardcore e Raw Punk, pode ser alguma decisão ideológica de não utilizar o termo Hardcore para se definir, talvez por também se referir a indústria pornografica.

Ouçam, música ótima para quem gosta de som de protesto, rápido e consiso, sem frescura.

quarta-feira, 2 de março de 2011

[Documentário] - A Jamaica Brasileira

Finalmente saiu completo no youtube, o documentário que conta um pouco sobre a história do reggae no Maranhão, considerada por muitos, se não por todos os admiradores do Reggae, a Jamaica Brasileira.


Parte 01





Parte 02




Parte 03

domingo, 27 de fevereiro de 2011

[Documentário] - Rosa de Sangue

O Documentário "Rosa de Sangue" conta a história da fábrica de discos Rozenblit, a comentada no post anterior. Engraçado que encontrei o documentário na mesma semana em que fiz a postagem sobre o disco, ainda não tinha conhecimento da existência desse vídeo. Muito enriquecedor para se conhecer um passado rico da produção fonográfica Pernambucana e Nordestina.

PARTE 01




PARTE 02

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Uma raridade empoeirada

Mais ou menos no meio do ano passado, me interessei em adquirir um toca-discos, (ou vitrola, como preferirem) e me pus a buscar por onde achei que pudesse encontrar. Andei bastante pelo centro da cidade, conversando com os vendedores de vinis da lagoa (ali no centro comercial de passagem, aonde o grande BIG BOY trabalha, na ladeira da insinuante, aonde trabalha o famoso índio e na música urbana, do tímido robério) e nada de encontrar uma vitrola que estivesse funcionando!

Não desisti, procurei nas inúmeras lojas de conserto de eletrodomésticos e quinquilharias de mangabeira, mas só encontrei vitrolas muito avariadas, que não valiam a pena comprar. Depois disso, dei uma parada nas buscas pela cidade e resolvi perguntar pros amigos e parentes se conheciam alguém que tinha uma vitrola que, depois da chegada do CD, fez com que a vitrola se tornasse apenas objeto de decoração, e consequentemente quisesse livrar-se dela. De tanto conversar sobre o assunto, a vitrola que estava nas mãos de um primo meu, que a usava somente para ouvir as músicas de seu computador, acabou sendo oferecida a mim! No outro dia mesmo levei um vinil que ja tinha aqui em casa (o Legend, do Bob Marley) para testar a pick-up (local aonde se coloca o vinil para tocar) e pegou de primeira, somzão de qualidade!

Feliz feito mendigo que ganha sopa na lagoa, transportei a vitrola para minha casa e virei de fato um humilde colecionador e ouvinte de discos. A notícia se espalhou pela família e um tio meu, que chamamos de Jóia, um nome singelo para um homem de quase dois metros de altura e voz de capitão caverna, e ele me falou que tinha uma grande quantidade de vinis encostados em sua oficina mecânica! Relutei em ir pegar esses vinis, pois imaginei que não teria nada de muito interessante, mas um dia, que precisei dos serviços mecânicos desse tio, acabei levando a pilha de mais de 60 vinis e 20 compactos pra casa.

Muito empoeirados, com as capas danificadas, rabiscadas, alguns quebrados e etc, aos poucos fui vasculhando os discos e, para minha surpresa, tinha muitos exemplares que nunca vi em nenhuma das lojas que fui e que são de ótima qualidade, como: Caetano Veloso, Gal Costa, Um tributo ao Cartola com artistas como Nelson Gonçalves, Ary Barroso, Gilberto Gil, e muuuuuitas coletâneas de novelas antigas e de nomes dos anos oitenta como Bee Gees, vinis que vinham de brinde junto com remédios da época, boleros, e alguns compactos curiosos como do Fofão e Cauby Peixoto, etc, tem de tudo!

Como eram muitos vinis, não olhei tudo de uma vez, fui ouvindo aos poucos, limpando cada um e me surpreendendo com os ótimos discos das grandes orquestras e até quatro exemplares de uma coleção de Jazz da Capitol Records, que são os mais conservados da pilha. No meio desses vinis encontrei um da famosa fábrica Pernambucana ROZENBLIT, que ja tinha lido sobre em alguns blogs, mas entrei em contato principalmente depois de conhecer o primeiro trabalho do Zé Ramalho, gravado junto com Lula Côrtes, o lendário Paêbiru.

O disco em questão se chama Carlos Piper & a Nova Geração, completamente instrumental, o disco inteiro foi arranjado e dirigido por Carlos Piper, reunindo a então nova geração de músicos de São Paulo, aonde a Rozenblit possuía filial. Estranhamente, no encarte, nem no selo, tem o seu ano de lançamento, mas na sua contra-capa tem a assinatura de "Glória" que devia ser uma amiga ou antiga namorada de meu tio, e tem a data de sua aquisição: 15/12/1968, um belo ano, sem dúvidas! É um ótimo disco, super agradável de ouvir, e para compartilhar com quem acessa o blog, gravei um vídeo de umas das músicas do LP, ouçam:



Na pilha de compactos sem capa que meu tio me presenteou, também achei um produzido pela rozenblit, que é bem curioso por possuir a marca Kama Sutra em seu selo, (talvez fosse um compacto que acompanhava um livro da kama sutra, quem sabe) contendo somente duas músicas instrumentais bem românticas, infelizmente ele está bem arranhado e preferi não registrar em vídeo, como fiz com o LP, em compensação tirei algumas fotos que você podem conferir no final do post.

Aproveito pra reproduzir aqui alguns fragmentos de texto que encontrei pela internet, que falam sobre a fábrica rozenblit e a sua importância na história da música brasileira, principalmente da música nordestina:

Fundada em agosto de 1954, no Recife, a Rozenblit foi a primeira gravadora brasileira a funcionar fora do eixo Rio-São Paulo e, em sua melhor fase, na década de 1960, chegou a controlar 20% do mercado nacional de discos e 50% do mercado regional. Naquela época, seus dois selos (Mocambo e Artistas Unidos - AU) levaram às paradas de sucesso artistas como Jorge Ben, Johny Alf, Martinha, Bob de Carlo e outros. Além de praticamente toda obra dos compositores pernambucanos Nelson Ferreira e Capiba, a Rozemblit também gravou artistas como Monarco e Cartola e foi a primeira no Brasil a produzir discos de samba-enredo, ciranda, maracatu e carimbó.

Em 1966 uma grande enchente destruiu um terço das instalações da Rozenblit. A partir daí a fábrica entrou em processo de decadência. Duas outras enchentes - 1970 e 1975 – decretariam o fim da lendária fábrica de discos. A história da produção fonográfica do Brasil tem na Fábrica de discos Rozenblit um dos mais importantes capítulos.

Para mais info sobre a vida de José Rozenblit e sua fábrica:
http://www.onordeste.com/onordeste/enciclopediaNordeste/index.php?titulo=Jos%C3%A9+Rozenblit&ltr=j&id_perso=682

Aqui vão algumas fotos dos discos (clique para ampliar):